História do Judaísmo:
Judaísmo é o nome dado à religião do povo judeu, a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o cristianismo e o islamismo).
Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes chamado Adonai ("Meu Senhor"), ou ainda HaShem ("O Nome"). Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um criador activo no universo e que influência a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.
Tradições
Há diversas tradições dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas conforme sua interpretação do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objectos religiosos como o quipá, costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como língua litúrgica.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus. Hoje o judaísmo é praticado por cerca de treze milhões de pessoas em todo o mundo (2007). Alguns ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos reconhecerão YHWH como único Deus e submeter-se-ão à Torá.
Doutrinas:
Judaísmo Ortodoxo – considera-se que o livro sagrado a “Torá” foi escrito por Deus que a ditou a Moisés, sendo as suas leis definitivas. Os judeus ortodoxos consideram o Shulkhan Arukh como sendo a codificação definitiva da lei judaica. O judaísmo ortodoxo exprime-se informalmente através de dois grupos, o judaísmo moderno ortodoxo e o judaísmo haredi.
Judaísmo conservador – Mais conhecido por Masorti, menos nos estados Unidos, desenvolveu-se na Europa no século XIX, em resultado das mudanças introduzidas pelo Iluminismo e a Emancipação dos Judeus. Caracteriza-se por seguir as leis e práticas do judaísmo tradicional, têm uma atitude positiva em relação à cultura moderna e uma aceitação dos métodos rabínicos tradicionais de estudo das escrituras, bem como o recurso a práticas modernas de crítica textual. Considera que o judaísmo é uma religião que se adapta a novas condições. Para o judaísmo conservador, a “Torá” foi escrita por profetas inspirados por Deus, mas considera não se tratar de um documento da sua autoria.
Judaísmo reformista - formou-se na Alemanha em resposta ao Iluminismo. Ao contrário do que as pessoas possam pensar os judeus não são obrigados a seguir a lei judaica de forma obrigatória, afirmando a soberania individual sobre o que observar. De início este movimento rejeitou práticas como a circuncisão, dando ênfase aos ensinamentos éticos dos profetas; as orações eram realizadas na língua vernácula. Hoje em dia, algumas congregações reformistas voltaram a usar o hebraico como língua das orações; a circuncisão é obrigatória.
Judaísmo reconstrucionista - formou-se entre a década de vinte e quarenta do século XX por Mordecai Kaplan, um rabino inicialmente conservador que mais tarde deu ênfase à reinterpretação do judaísmo em termos contemporâneos. À semelhança do judaísmo reformista não considera que a lei judaica deva ser suprema, mas ao mesmo tempo considera que as práticas individuais devem ser tomadas no contexto do consenso comunal.
Rituais e Cultos:
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino.
O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços.
Entre os rituais, podemos citar:
• a circuncisão dos meninos (aos 8 anos de idade)
• o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos de idade).
• Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações.
• Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
Curiosidades:
Excomunhão:
O Chérem é a mais alta censura eclesiástica na comunidade judaica. É a exclusão total da pessoa da comunidade judaica. Excepto em casos raros que tiveram lugar entre os judeus ultra-ortodoxos.
O cherem deixou de se praticar depois do iluminismo, quando as comunidades judaicas locais perderam a autonomia de que dispunham anteriormente e os judeus foram integrados nas nações gentias em que viviam.
Calendário Judaico:
O calendário judaico é contado desde 3761 a.C.. O Ano Novo judaico, chamado Rosh Hashaná, acontece no primeiro ou no segundo dia do mês hebreu de Tishri, que pode cair em setembro ou outubro. Os anos comuns, com doze meses, podem ter 353, 354 e 355 dias, enquanto os bissextos, de treze meses, 383, 384 ou 385 dias.
Feriados:
A vida judaica está repleta de tradição religiosa, e é celebrada um ciclo anual de feriados judaicos. Em 2005 estamos no ano de 5766 a partir da criação do mundo.
As Festas Judaicas:
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egipto, em 1300 AC.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
David Velez e Claudeth Furtado
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